Irritabilidade e explosões de raiva frequentes, no tempo das nossas
avós, eram sinônimo de birra e, como tal, tratadas com bronca. No
entanto, O DSM-5 afirma que essas reações, se constantes por um ou mais
anos, caracterizam um mal batizado de desregulagem perturbadora de
humor, que demanda intervenção profissional. "Não podemos descartar a
hipótese de que esses comportamentos sejam resultado de uma patologia
escondida", opina Alexandre Saadeh, psiquiatra da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. "Mas esse cenário é uma exceção. No
geral, birra é birra e quem resolve isso são os pais", analisa. O
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) também mudou.
Antes, só era diagnosticada a criança que não conseguia ficar parada ou
que apresentava dificuldade de concentração com 7 anos ou menos. Entre
outras alterações, o limite de idade subiu para 12. "Faz sentido, pois é
nessa fase que acompanhar as aulas fica difícil para alunos com TDAH e,
então, o diagnóstico fica mais nítido", comenta Saadeh. O psiquiatra
Allen Frances discorda: "Isso gerará uma epidemia da doença. O dinheiro
gasto com remédios para lidar com esses supostos novos casos seria mais
bem desembolsado se investido em educação de qualidade."
O Dr Antônio Geraldo é presidente do Instituto de Psiquiatria Antônio Geraldo.
Médico Psiquiatra - CRMDF-5875.
Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. Tesoureiro da Associação Psiquiatrica de Brasília.
Diretor da Associação Médica de Brasília. AMBr/ AMB.
Diretor Adjunto do SINDMÉDICO / FENAM - DF.
Professor da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES.
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