sábado, 27 de novembro de 2010

Transtorno Bipolar

Neste final de semana, acompanhe:
Série de reportagens na Tv Senado que revelam a vida de quem convive com o transtorno bipolar, a doença psiquiátrica que se manifesta com alterações do humor. A origem, os sintomas, o tratamento e o perfil da pessoa que pode desenvolver esse tipo de distúrbio. Sábado às 2h30, 11h30 e 22h30. Domingo às 9h e 17h

http://www.senado.gov.br/noticias/tv/programaListaPadrao.asp?COD_VIDEO=40221

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CRACK

http://www.agenciabrasilia.df.gov.br/042/04299003.asp?ttCD_CHAVE=122810


http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=24810:seminario-nacional-sobre-crack-posiciona-medicos-quanto-as-politicas-publicas-de-saude-evento-tera-transmissao-simultanea-pela-internet&catid=47:cat-saude&Itemid=328

Seminário nacional sobre crack posiciona médicos quanto às políticas públicas de saúde. Evento terá transmissão simultânea pela internet

Natalia Kfouri NOTÍCIAS - Saúde
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) participa do I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack, no dia 25 de novembro, reforçando o papel dos psiquiatras nas políticas públicas de combate ao crack
--------------------------------------------------------------------------------
O avanço do consumo de crack no país, aliado à redução indiscriminada dos leitos psiquiátricos e a políticas ineficientes de prevenção e tratamento, reforçam a necessidade de diretrizes que encarem a questão como um problema de saúde pública. Além disso, é preciso valorizar o papel da medicina, fundamental para ações embasadas no conhecimento científico. Com o intuito de mobilizar os médicos e discutir medidas e soluções, será realizado o I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack, no dia 25 de novembro, no auditório do Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília.

O evento, organizado pelo Conselho Federal de Medicina, contará com a participação da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), ressaltando a importância do tratamento psiquiátrico aos usuários de drogas, principalmente em relação ao crack. O presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva, participa com o presidente do CFM, Roberto Luiz d'Avila, e outros especialistas da mesa redonda "Aspectos Técnicos e Éticos", que discutirá os modelos de tratamento ao usuário de crack, abordagens clínicas, dilemas éticos e clínicos na assistência, acolhimento, medicina e interdisciplinaridade. Logo após a mesa, será aberto o debate com os participantes.

O Seminário contará ainda com a mesa redonda "Aspectos Institucionais e Sociais", abordando os aspectos jurídicos, o papel institucional do Estado, as propostas dos Ministérios da Saúde e da Educação para o combate ao crack (sobretudo no sistema educacional) e o uso do crack sob a perspectiva da sociedade.

Outro destaque do evento é a total interatividade. No site oficial do seminário (www.enfrenteocrack.org.br) será disponibilizado um link para transmissão do evento em tempo real, com imagens de alta qualidade e sem a necessidade de instalação de programas específicos, o que poderia dificultar o acesso. Os internautas também poderão participar encaminhando perguntas ou contribuições por Messenger ou Twitter.

A iniciativa possibilitará a participação dos interessados que não conseguiram se inscrever, já que em apenas 10 dias foram esgotadas as inscrições para o evento. Estão confirmados 160 participantes entre médicos, estudantes, profissionais da área da saúde e representantes da sociedade civil organizada.

Para acompanhar a transmissão online, acesse: www.enfrenteocrack.org.br

Uso do crack em debate

Uso do crack em debate

Saúde
VoltarMédicos querem criar diretrizes eficazes para o tratamento de dependentes

O aumento excessivo do uso de crack no país tem deixado os médicos em alerta e eles querem criar diretrizes eficazes para o tratamento da dependência da droga. O assunto será debatido durante o I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que será realizado em Brasília, nesta quinta-feira (dia 25), a partir das 9 horas, na sede do CFM (905 Sul – atrás da LBV).

O encontro será composto de duas mesas redondas. A primeira, que vai discutir aspectos técnicos e éticos do consumo e do tratamento do usuário, será moderada pelo presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (APB), Antonio Geraldo da Silva.

“A epidemia do crack no Brasil coincidiu com o fechamento dos leitos psiquiátricos e a rede publica não tem capacidade de absorver toda a demanda. O país conta com apenas 1.800 leitos psiquiátricos em hospitais em geral e existem pelo menos 1,2 milhão de usuários de crack em todo o país”, explica Antonio Geraldo.

Na mesa redonda serão debatidos assuntos importantes como modelos de tratamento aos usuários de crack (pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira, do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas), abordagens epidemiológicas (Ana Cecília Marques, psiquiatra da Unifesp), dilemas éticos e clínicos na assistência (Emmanuel Fortes, vice-presidente do CFM) acolhimento, medicina e interdisciplinaridade (Pedro Gabriel Delgado, coordenador nacional de saúde mental do Ministério da Saúde).

A segunda mesa discutirá tópicos institucionais e sociais do tema: aspectos jurídicos, papel institucional do Estado, propostas dos Ministérios da Saúde e da Educação para o combate ao crack (sobretudo no sistema educacional) e uso do crack sob a perspectiva da sociedade. Depois de cada mesa os debates serão abertos para a participação do público inscrito no encontro.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA

I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack
Dia 25 de novembro (quinta-feira)
A partir das 8h30
Local: Sede do CFM: SGAS 915 lote 72. Brasília – DF
Site oficial: www.enfrenteocrack.org.br
Mais informações: 9986-3074/3327-6827

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Falta de leitos para internação é mais alarmante na saúde mental

Falta de leitos para internação é mais alarmante na saúde mental


Matéria de  Natalia Kfouri - Saúde

Políticas públicas incentivam a desassistência para os pacientes psiquiátricos. Entre 2001 e 2008 foram fechados 17 mil leitos e o processo continua ao ritmo de 2 mil por ano
--------------------------------------------------------------------------------
A pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (AMS) 2009, divulgada nesta sexta-feira (19), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em parceria com o Ministério da Saúde, apontou que o Brasil perdeu mais de 11 mil leitos para internação nos últimos quatro anos. O índice do país ficou em 1,6 leitos por 1.000 habitantes, o que não atinge o recomendado pelo Ministério da Saúde.

Essa realidade não é novidade para a saúde mental. Nos últimos anos ocorreu uma redução drástica no número de leitos para internação psiquiátrica, principalmente por conta da chamada “reforma psiquiátrica” patrocinada pelo Governo. “No caso da saúde mental temos uma característica peculiar. O fechamento de leitos ocorre por motivação ideológica. Sem critérios técnicos decidiram banir a internação do tratamento psiquiátrico. Por isso observamos esse quadro atual de desassistência”, explica Antonio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Em um levantamento de 2007, foi verificado que existiam no Brasil 0,23 leitos psiquiátricos por mil habitantes quando o próprio Ministério da Saúde preconizava 0,45. Para efeito de comparação, na Argentina existiam 0,68. “E a situação continua a piorar, pois o Governo insiste na política de substituir leitos para internação por vagas nos CAPS. Acontece que eles não conseguem construir, e fazer funcionar, pois a maioria não funciona como deveria, essas unidades no mesmo ritmo que fecham os leitos e os CAPS, por sua natureza, não são capazes de atender grande parte dos casos que necessitariam de internação”, analisa o presidente da ABP.

Entre 2001 e 2008 foram fechados 17 mil leitos em hospitais especializados e o processo continua ao ritmo de 2 mil por ano.

Antonio Geraldo cita uma situação bem conhecida para ilustrar o problema. “A incapacidade do Estado em tratar os dependentes em crack, por exemplo, está diretamente relacionada a essa postura ideológica. Como vamos criar vagas se patrocinamos o fechamento de leitos?”, pergunta.

O presidente da ABP, no entanto, admite que existam dificuldades estruturais e de recursos, “como em qualquer área da saúde”, mas ressalta que, em saúde mental, a solução do problema deve obrigatoriamente passar por uma mudança de filosofia. “É fundamental que o Ministério da Saúde se afaste da ideologia e do corporativismo e volte a trabalhar com base em critérios técnicos”, finaliza.

http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=24595:falta-de-leitos-para-internacao-e-mais-alarmante-na-saude-mental&catid=47:cat-saude&Itemid=328

domingo, 21 de novembro de 2010

Diretor Adjunto do SindMédico-DF assume a presidência da Associação Brasileira de Psiquiatria

Diretor Adjunto do SindMédico-DF assume a presidência da Associação Brasileira de Psiquiatria


O psiquiatra Antonio Geraldo da Silva, diretor de Relação com Sócios e Entidades Federadas, foi eleito ontem (26) à noite presidente da Associação Brasileira de Psiquaitria com mais de 60 por cento dos votos. Uma assembleia de delegados da ABP deu a vitória à chapa ABPDemocatica, liderada por Antonio Geraldo, com mais de 60 por cento dos votos. Também foram eleitos os integrantes do Conselho Fiscal e os Secretarios Regionais. Todos da chapa ABPDemocratica. O mandanto vai até 2013. A ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria reúne atualmente 5.500 associados, congrega 54 Federadas, 6 Núcleos em todas as Unidades da Federação e 14 Departamentos.

http://sindmedico.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=984:diretor-adjunto-do-sindmedico-df-assume-a-presidencia-da-associacao-brasileira-de-psiquiatria&catid=43:noticias&Itemid=10

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Políticas públicas de saúde mental são contrárias aos médicos

Políticas públicas de saúde mental são contrárias aos médicos


Novo presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) é eleito afirmando que vai defender os psiquiatras e, por consequência, os pacientes da atual política de saúde mental do Ministério da Saúde. “É preciso abolir a ideologia e voltar a planejar a saúde com base na ciência”, diz

O psiquiatra Antonio Geraldo da Silva passou os últimos meses em campanha para se tornar o novo presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Seu principal argumento para conquistar o cargo era que, uma vez eleito, promoveria uma “defesa intransigente da psiquiatria, dos psiquiatras e dos pacientes”. No último dia 26 ganhou as eleições com 2/3 dos votos.

A receptividade a esse discurso se explica pela conclusão dos psiquiatras de que o Ministério da Saúde patrocina uma política de saúde mental contrária aos médicos psiquiatras, à medicina e, por consequência, aos pacientes. “Os responsáveis pela área estão orientados por interesses ideológicos e corporativistas. Para atingir seus objetivos, precisam afastar os critérios técnicos e científicos das decisões, ou seja, se livrar dos médicos”, esclarece o presidente da ABP.

Segundo Antonio Geraldo, com a justificativa de “humanizar o tratamento”, grupos militantes na saúde mental com forte influência no Governo pretendem reclassificar a doença mental como um problema social. “Assim, a condução das políticas de saúde deixa de ser atribuição dos médicos e passa ao controle dos ‘movimentos sociais’. Este é o verdadeiro objetivo”, diz.

Nos últimos anos, de acordo com o presidente da ABP, a coordenação de Saúde mental do Ministério da Saúde vem, por meio de portarias, tentando subtrair da assistência os princípios da Lei 10.216/01, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

“Esta lei garante, expressamente, ao paciente o direito a ‘ter acesso ao melhor tratamento, consentâneo às suas necessidades’. O melhor tratamento apenas o médico é capaz de indicar e ele pode ser, dependendo do caso, tanto um acompanhamento extra-hospitalar até a internação em um hospital geral com unidade de psiquiatria ou hospital especializado, alguns casos não responsivos a terapia pode ter a necessidade de eletroconvulsoterapia. É o diagnóstico médico que define a intervenção e não ideologias pré-históricas ou a necessidade de alimentar mercados de trabalho. Infelizmente, o conceito de ‘melhor tratamento’ se opõe aos atuais interesses da coordenação de saúde mental do Ministério da Saúde e por isso foi substituído por tratamento ‘humanitário’, como se o tratamento médico não fosse humanizado”, esclarece Antonio Geraldo.

Para promover essa mudança de orientação na assistência, o Ministério da Saúde vem implantando o que denomina “reforma psiquiátrica”, que basicamente prega a extinção dos hospitais especializados e a concentração dos atendimentos nos CAPS. Estratégia que se opõe à Lei 10.216, “É um erro, promovido por má fé e ignorância. Os CAPS são bons instrumentos, mas incapazes de atender a demanda dos pacientes e a complexidade de determinados transtornos. Essas unidades devem estar inseridas dentro de uma rede, que se sucede com promoção de saúde, prevenção de doença, atendimento primário, secundário e terciário. Obviamente que não concordamos (e sempre lutamos contra) com os serviços de má qualidade. Mas, nesses casos, as ferramentas devem receber investimento para melhorar o atendimento e não serem simplesmente fechada sem análise técnica, visando apenas a redução de custos e a condenação de determinados diagnósticos psiquiátricos”, diz Antonio Geraldo.

A postura antimedicina da dita “reforma” pode ser observada nas normas que regulamentam os CAPS, símbolo do movimento. Segundo as regras, essas unidades só poderão funcionar em área física específica e independente que qualquer estrutura hospitalar. “Por que essa determinação? A proximidade com um hospital pode trazer diversos benefícios. Não existe qualquer indicação técnica que sustente o contrário. É um raciocínio dogmático a serviço de interesses estranhos à saúde”, afirma o presidente da ABP.

Entre as funções do CAPS está a oferta de “acolhimento noturno”. “Essa expressão é um eufemismo para internação. Ao dizer que ‘acolhem’, não se obrigam a ter um médico para diagnosticar a necessidade de internação”, explica. "Quem ficaria tranquilo em deixar um filho, durante um surto psicótico, em um serviço sem médicos?", pergunta.

A prioridade para esse tema foi fundamental para Antonio Geraldo se tornar o novo presidente da ABP, e ele não pretende decepcionar os psiquiatras. “Vamos lutar para abolir a ideologia e o corporativismo das políticas públicas e exigir que a saúde volte a ser planejada com base na ciência, conduzida por médicos comprometidos com os conhecimentos técnicos e que tenha como finalidade atender as necessidades do paciente, o que hoje não é o caso. Aqueles que necessitam do serviço público para tratamento próprio ou de familiares sabem muito bem do que estou falando”, finaliza.

http://www.abpbrasil.org.br/medicos/clipping/exibClipping/?clipping=12754

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Nova Diretoria da Associação Brasileira de Psiquiatria

Eleita nova diretoria da Associação Brasileira de Psquiatria

Antonio Geraldo da Silva é o novo presidente da instituição. Ele é atualmente presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília

Foto: Divulgação/APBr
O novo presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva O novo presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva
Durante assembleia geral de delegados da Associação Brasileira de Psiquiatria, realizada no dia 26 de outubro, foram eleitos a nova diretoria executiva, os membros do Conselho Fiscal e os secretários regionais, que estarão à frente da ABP no próximo triênio (gestão 2010-2013).
Antonio Geraldo da Silva é o novo presidente da instituição. Ele é atualmente presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília e membro da Câmara Técnica de Psiquiatria do Conselho Federal de Medicina. Antonio Geraldo afirmou que, neste momento, "é necessária união" entre os psiquiatras e que pretende " manter, aperfeiçoar e ampliar as conquistas alcançadas nesses quarenta e quatro anos de vida associativa" .
A nova diretoria ainda tem Itiro Shirakawa SP (vice-presidente), Luiz Illafont Coronel RS (primeiro secretário), Maurício Leão MG (segundo secretário), João Romildo Bueno RJ (primeiro tesoureiro) e Alfredo Minervino - PB (segundo tesoureiro).
Os secretários regionais eleitos são: Cláudio M. Martins (Sul) Marcos Alexandre Gebara Muraro (Sudeste), Salomão Rodrigues Filho (Centro-Oeste), José Hamilton Maciel Silva Filho (Nordeste) e Paulo Delgado Leão (Norte).
Os novos integrantes do Conselho Fiscal são: membros titulares - Emmanuel Fortes, Francisco Assumpção Jr. e Helio Lauar de Barros. Suplentes - Geder Ghors, Fausto Amarante e Sérgio Tamai.
Fonte: CFM

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Vitamina B

B-vitamins reduce the long-term risk of depression after stroke: The VITATOPS-DEP trial


Annals of Neurology , 11/03/2010

Almeida OP et al. – Long–term treatment of poststroke survivors with folic acid, B6, and B12 was associated with a reduction in the hazard of major depression in these patient population. If these findings can be validated externally, B–vitamin supplementation offers hope as an effective, safe, and affordable intervention to reduce the burden of poststroke depression.


Vitamins B12, B6, and folic acid for cognition in older men

Neurology, 11/08/2010

Ford AH et al. – The daily supplementation of vitamins B12, B6, and folic acid does not benefit cognitive function in older men, nor does it reduce the risk of cognitive impairment or dementia.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Uma Mente Brilhante

Saiba um pouco sobre o norte-americano John Nash ganhou o Prêmio Nobel de matématica em 1994.





O verdadeiro John Forbes Nash ao lado do Dr Antônio Geraldo no Congresso Americano de Psiquiatria em SAN DIEGO-USA.

Uma Mente Brilhante

Por Cláudio Leyria

"Uma Mente Brilhante" (A Beautiful Mind, EUA, 2001) retrata a biografia do matemático norte-americano John Forbes Nash, que criou uma teoria sobre jogos que depois foi aplicada à economia e à política, mudando a estrutura da vida social. Por conta desta contribuição, Nash ganhou o Prêmio Nobel em 1994.

Nash é gênio mas aos 31 anos começou a ser acometido pela esquizofrenia, afastando-se do mundo acadêmico e do mundo da racionalidade durante 30 dramáticos anos em que a sua vida profissional e pessoal se desmoronou quase por completo.

A esquizofrenia se caracteriza principalmente por alteração das funções de percepção, pensamento, afeto e conduta.

No caso do filme, o personagem apresentava alucinações visuais. Na vida real, Nash sofria de alucinações auditivas. No pensamento, ele tinha idéias delirantes, que consistem em falsas crenças, não corrigidas pela confrontação com a realidade, que tendem a se difundir e ir tomando conta da mente. No caso de Nash, as idéias delirantes eram de perseguição. Havia, no seu entendimento, uma conspiração e ele estava empenhado em descobri-la.

O grande mérito do diretor Ron Howard foi colocar o espectador dentro da mente de Nash. O filme trata a esquizofrenia do ponto de vista do esquizofrênico. Todas as visões que ele tem e que parecem ser perfeitamente reais são inicialmente apresentadas como fatos plausíveis. Assim, é possível entender o drama do personagem porque o roteiro faz o espectador acreditar nas suas visões. Estas visões são basicamente formadas por três personagens imaginários com que Nash "convive".

Quando está no auge de seu problema psiquiátrico, Nash, interpretado por Russel Crowe, acredita estar trabalhando para o serviço de inteligência contra os comunistas. Assim, nada mais parece ter importância, nem a família, nem a continuidade de sua vida acadêmica. Tudo o que ele quer é descobrir uma bomba que vai explodir em qualquer lugar os EUA.

Nash acredita que com sua inteligência poderia decifrar códigos publicados em revistas (esta seria a forma dos terroristas se comunicarem).

Curiosamente, o filme dá dicas de que os personagens que Nash vê são ilusões. Há uma cena em que uma menina, fruto da imaginação de Nash, corre pelo gramado da universidade de Princeton. Mas a menina passa por um bando de pombos e as aves não voam quando ela passa por eles.

E os três personagens que Nash vê são na verdade sua personalidade dividida, cada um tendo um aspecto, que somados dá a personalidade do matemático.

O filme prega uma campanha contra o preconceito, mostrando que pessoas que parecem ser meros loucos, merecem muito respeito, porque, quaisquer que sejam as maneiras de se comportar, ainda podem contribuir muito à sociedade.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...