quarta-feira, 26 de junho de 2013

O começo do apagão

O começo do apagão

Simples lapsos de memória — como esquecer as chaves de casa ou as ordens do chefe —, quando frequentes, merecem um olhar aprofundado do psiquiatra, de acordo com o DSM-5. "a medida vale, porque não raro doenças mentais acarretam maior esquecimento", concorda a neurologista elza dias tosta da Silva, presidente da academia Brasileira de Neurologia. e, ao lidar com o transtorno, as lembranças, ao menos em tese, voltariam a se mxar na cabeça. "além disso, mais de 40% dos pacientes com comprometimento cognitivo leve apresentam sintomas psiquiátricos antes de manifestarem prejuízos signimcativos na memória", corrobora arhur Berberian, neuropsicólogo da Unifesp.
 Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0364/medicina/novo-guia-psiquiatria-744265.shtml

terça-feira, 25 de junho de 2013

A perda de um ente querido


A perda de um ente querido

o luto está entre os momentos mais pesados que alguém chega a experimentar. daí por que padecer com uma tristeza profunda até dois meses após a morte de um familiar ou amigo era considerado uma situação normal. Não mais: o DSM-5 encurtou esse prazo para no máximo duas semanas. vencido o limite, estamos diante da depressão. "o tempo não é o principal fator em jogo aí. a intensidade dos sintomas e certos comportamentos que distinguem melhor a melancolia da depressão é que contam para valer", disseca Jannuzzi Cunha. Um baixo-astral que dura bastante, mas que melhora aos poucos, não requereria medicação. Já um desalento opressivo, que faz a pessoa querer se matar, por exemplo, não poderia esperar nem sequer 14 dias.

 Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0364/medicina/novo-guia-psiquiatria-744265.shtml

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Cama, só para dormir

Cama, só para dormir

 Seis meses sem nenhum interesse sexual mesmo com uma vida social ativa, segundo o DSM-5, é sinal de problema. "Isso com certeza tem que ser examinado, porque o cenário geralmente esconde um distúrbio ou questão emocional que pedem atenção", reflete Saadeh. O detalhe é que, nesse ponto, os criadores do compêndio se concentraram apenas no sexo feminino. "As mulheres se queixam mais da falta de apetite sexual, mas isso não quer dizer que esse sintoma, nos homens, também não mereça uma avaliação", ressalta Saadeh.

 Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0364/medicina/novo-guia-psiquiatria-744265.shtml

domingo, 23 de junho de 2013

A cabeça dos pequenos

A cabeça dos pequenos

Irritabilidade e explosões de raiva frequentes, no tempo das nossas avós, eram sinônimo de birra e, como tal, tratadas com bronca. No entanto, O DSM-5 afirma que essas reações, se constantes por um ou mais anos, caracterizam um mal batizado de desregulagem perturbadora de humor, que demanda intervenção profissional. "Não podemos descartar a hipótese de que esses comportamentos sejam resultado de uma patologia escondida", opina Alexandre Saadeh, psiquiatra da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. "Mas esse cenário é uma exceção. No geral, birra é birra e quem resolve isso são os pais", analisa. O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) também mudou. Antes, só era diagnosticada a criança que não conseguia ficar parada ou que apresentava dificuldade de concentração com 7 anos ou menos. Entre outras alterações, o limite de idade subiu para 12. "Faz sentido, pois é nessa fase que acompanhar as aulas fica difícil para alunos com TDAH e, então, o diagnóstico fica mais nítido", comenta Saadeh. O psiquiatra Allen Frances discorda: "Isso gerará uma epidemia da doença. O dinheiro gasto com remédios para lidar com esses supostos novos casos seria mais bem desembolsado se investido em educação de qualidade."

 Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0364/medicina/novo-guia-psiquiatria-744265.shtml

sábado, 22 de junho de 2013

Nada vai para o lixo!

Nada vai para o lixo!

Antes tido como um possível sintoma do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), o acúmulo exagerado e persistente de objetos passa a ser uma desordem por si só. "Ela inclusive causa prejuízos sociais, e, portanto, não deve ser negligenciada", defende David Kupfer, mentor do DSM-5. "Na prática, já cuidávamos de pessoas assim. Só é fundamental que o especialista não confunda esse distúrbio com características normais de um colecionador ou de uma mãe que guarda fotos e brinquedos dos filhos", pondera Esdras Vasconcellos, psicólogo da USP.
 Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0364/medicina/novo-guia-psiquiatria-744265.shtml

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Gula no divã

A compulsão alimentar periódica, que consiste em episódios recorrentes de abusos à mesa, agora faz parte do DSM. "Ela atinge até 30% dos pacientes que buscam tratamento para a obesidade", informa Jair Mari, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "A inclusão é positiva, porque chama a atenção para um problema sério, que exige cuidados e, dependendo do caso, até medicação", atesta o neuropsicólogo Paulo Jannuzzi Cunha, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC). Aliás, a compulsão por jogos de apostas também ganhou seu espaço. "Tomara que isso abra as portas para outros vícios comportamentais, como o por computador, serem avaliados no futuro", torce Jannuzzi Cunha.

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0364/medicina/novo-guia-psiquiatria-744265.shtml

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Como o novo guia da psiquiatria pode afetar você?

Como o novo guia da psiquiatria pode afetar você

O recente manual da Associação Americana de Psiquiatria gerou grandes discussões entre os experts sobre o que difere uma emoção normal de um transtorno. Mas, afinal,o que isso tem a ver com sua saúde?

 O mês de maio marca o lançamento da quinta edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais, conhecido pela sua sigla em inglês: DSM-5. O documento, uma iniciativa da Associação Americana de Psiquiatria, reúne cerca de 300 distúrbios, todos com definições baseadas em sintomas detalhadíssimos. Uma análise simplista diria que, com descrições tão específicas sobre cada problema, o livro dispensaria a necessidade de um especialista — basta verificar se você se enquadra em determinada chateação e, aí, realizar o tratamento indicado. Até por isso, o guia vem sendo apelidado por muita gente de a bíblia dessa área da medicina.

“Mas, que fique claro, o DSM está longe de ser uma bíblia, e o simples fato de estarmo diante da sua quinta versão prova isso”, rebate o psiquiatra Antonio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. “Como nas edições anteriores, essa traz itens polêmicos que de forma alguma devem ser vistos como verdades absolutas no consultório médico”, alerta.

Sem dúvida, a diretriz está dando o que falar. O alvoroço gira ao redor da definição de novas doenças e do, digamos, afrouxamento de critérios para diagnosticar uma série de males. De um lado, críticos afirmam que essa postura deixará cada vez mais tênue a linha que diferencia uma emoção natural de uma patologia. “Se seguirmos o que está escrito no DSM-5, o luto se transformará em depressão, o esquecimento em comprometimento cognitivo leve, a birra das crianças em desregulagem perturbadora de humor, e por aí vai”, argumenta o psiquiatra Allen Frances, da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Há quem aponte inclusive que as alterações visam enriquecer empresas farmacêuticas — um estudo da Universidade de Massachusetts, também nos Estados Unidos, sugere que em torno de 70% dos profissionais diretamente envolvidos com a criação do manual estariam ligados a essas indústrias.

Na contramão, defensores da obra alegam que os ajustes e o maior número de enfermidades são fruto de artigos científicos sérios e da própria modernidade. Não dá para negar que a vida hoje em dia é diferente da de décadas atrás e, portanto, está sujeita a piripaques antes inexistentes ou pouco percebidos. “Fizemos mudanças conservadoras. O objetivo foi delinear com precisão desordens mentais que têm um impacto real nas pessoas, não elevar o número de diagnósticos”, garante David Kupfer, chefe da força-tarefa que elaborou o DSM-5.

“A psiquiatria americana saiu, muitos anos atrás, do extremo da subjetividade para aterrissar, hoje, no ápice da objetividade. E o DSM-5 reflete essa tendência”, raciocina Paulo Jannuzzi Cunha, neuropsicólogo do HC. O medo é que, ao se concentrar demais em sintomas e pouco na biografia do sujeito, os experts acabem receitando fármacos além da conta. “A maioria dessas drogas traz efeitos colaterais”, destaca Márcia Maria de Souza, farmacologista da Universidade do Vale do Itajaí, em Santa Catarina. “Certos antidepressivos, por exemplo, às vezes provocam problemas intestinais e cardiovasculares, sonolência, impotência...”, enumera.

Contudo, não é um livro que, sozinho, decide o futuro de alguém. “Ele dá uma base, porém é o acompanhamento do indivíduo ao longo do tempo que mais aumenta a chance de sucesso no diagnóstico e na terapia”, esclarece Antônio Egídio Nardi, psiquiatra da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao sentir que precisa de ajuda, vá atrás de um bom médico e confie nas decisões dele, sem
pressioná-lo por resultados imediatos.


O nosso guia oficial
Nos Estados Unidos, o DSM-5, fora direcionar os clínicos, serve de base para as empresas de seguro de saúde cobrirem gastos médicos. Esse documento não tem tamanha força em território verde e amarelo. “As diretrizes seguidas pelas seguradoras e que mais influenciam na prática do psiquiatra no Brasil são as presentes na Classificação Internacional de Doenças, a CID, da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, diz Silva.


Como já mencionamos nesta reportagem, o DSM-5 define problemas mentais diversos de acordo com uma série de sintomas. “Entretanto, no futuro não vai ser assim”, aposta Jair Mari. “Acredito que descobriremos alterações visíveis no cérebro decorrentes de problemas mentais e, então, traçaremos os diagnósticos também a partir delas, apoiados em exames de imagem”, especula.

A alegação está longe de ser infundada, porque a neurociência traz cada vez mais detalhes sobre como a massa cinzenta funciona. “Acontece que nossa cabeça é muito complexa e revela seus segredos aos poucos. Essa revolução é excitante, mas temos um longo caminho pela frente antes que ela chegue aos consultórios médicos”, contextualiza Allen Frances. Está aí a razão pela qual o DSM-5 não abordou o tema dos exames de imagem, embora tenha, sim, ocorrido debate sobre ele durante sua feitura.

Mas — olha que curioso — há uma seção inteira apenas sobre condições a serem estudadas a partir de agora para eventualmente conquistarem sua vaga definitiva em uma edição atualizada. “Trata-se de um documento vivo, e isso é bastante favorável”, diz Antonio Geraldo da Silva. Entre as moléstias colocadas no limbo está o vício por jogos de internet (veja na tabela à direita essa e outras pendências abordadas). “Isso mostra como o DSM-5 não pode ser a única fonte de referência de um psiquiatra”, declara Silva. “Se um paciente chegar ao meu consultório com indícios de não conseguir parar de mexer no computador, eu não esperarei a nova versão desse manual para intervir”, arremata.


Em outras palavras, o foco de todos precisa mirar a busca pelo bem-estar. Dessa maneira, os especialistas tirarão o melhor de qualquer manual — em vez de encará-los como uma tábua de mandamentos — e você assegura a paz com sua mente e suas emoções.

Males que talvez sejam incluídos na próxima edição do DSM 
Síndrome atenuada da psicose: seria um estágio anterior do transtorno. Tratar cedo evitaria os surtos. Será?
Automutilação não Suicida: há evidências do quadro, porém o assunto carece de pesquisas.

Desordem do uso de jogos na internet: como se trata de uma encrenca relativamente recente, optou-se por estudar mais sobre ela.

Acompanhe as próximas postagens de continuação. Serão 05 assuntos. (Compulsão Alimentar, Sexo, TDAH, TOC, Simples Esquecimento?) 
Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0364/medicina/novo-guia-psiquiatria-744265.shtml

quarta-feira, 19 de junho de 2013

“Paciente com depressão tem medo de ser tachado de louco”, diz especialista

Segundo médico, preconceito é uma das barreiras para a falta de adesão ao tratamento



A depressão ainda é uma doença estigmatizada que envolve muitos mitos e tabus. De acordo com o psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), os pacientes têm preconceito e medo de serem tachados de loucos ou doentes mentais, por isso demoram a procurar ajuda médica e, consequentemente, aderir ao tratamento.
— Esta demora pode acarretar na cronificação do quadro, o que dificulta a remissão da doença. Por isso, o primeiro passo é vencer o medo do diagnóstico.
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Ultrapassada a primeira barreira, o segundo passo é avaliar o estágio da depressão. Segundo o psiquiatra Kalil Duailibi, coordenador do departamento de psiquiatria da Unisa (Universidade de Santo Amaro), nem todo diagnóstico exige uso de medicação.
— No caso de uma depressão leve, a orientação é fazer psicoterapia, mudar hábitos e praticar atividade física, de preferência aeróbia, quatro vezes por semana. O uso de antidepressivo geralmente é prescrito em quadros moderado e grave.
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O especialista acrescenta que “os remédios não causam dependência e podem ser administrados com segurança por muito tempo”.
— O tempo de uso pode variar de meses a anos e somente 10% das pessoas que sofrem de depressão vão precisar manter o tratamento para o resto da vida.
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Segundo o presidente da ABP, a interrupção do antidepressivo nunca deve ser feita de forma abrupta. A orientação é diminuir as doses de forma lenta e gradativa, com orientação médica, para evitar recaídas. Kalil acrescenta que “estar se sentindo bem não significa deixar o remédio de lado”.
— Isso é um erro. A meta do tratamento da depressão é contribuir para que a pessoa volte a ter uma vida normal, ou seja, sinta prazer nas atividades habitualmente agradáveis e seja reintegrada em todas as esferas de sua vida: social, afetiva e profissional.
Segundo dados da ABP, mais de 80% das pessoas com depressão podem melhorar se receberem o tratamento correto.
Abandono do tratamento
De fato, o medicamento pode levar até 15 dias para começar a ter boa ação antidepressiva. No entanto, os efeitos colaterais são imediatos, o que dificulta bastante a adesão ao tratamento e faz com que o paciente queira abandoná-lo precocemente, conforme explica Kalil.
— A maioria dos pacientes interrompe o tratamento duas a três vezes até perceber que ficam mais vulneráveis a ter novas crises. A partir daí, costumam seguir as orientações médicas.
Entre os efeitos desagradáveis, o médico cita boca seca, prisão de ventre, visão turva, diminuição da libido, insônia e ganho de peso. Mas, para Geraldo, estes não são motivos suficientes para suspender a medicação.
— Apesar das desvantagens dos efeitos colaterais, a medicação promove uma melhora significativa da depressão. Além disso, temos muitas classes de medicamentos, que conseguem atender cada perfil de paciente.
O presidente da ABP alerta que pessoas que já tiveram um quadro de depressão têm 50% de chance de ter outro. Para quem já teve dois episódios, o risco aumenta para 70% e, para quem teve três, sobe para mais de 90%.
Depressão é uma doença feminina
A depressão pode ocorrer em qualquer ciclo da vida, mas como o sexo feminino passa por vários processos hormonais, as mulheres estão mais vulneráveis para a depressão, alerta Kalil.
— Entre 12 e 55 anos a depressão afeta quatro mulheres para cada homem, enquanto na infância e terceira idade a proporção é mais equilibrada, de uma mulher para cada homem.
A ex-BBB Fani Pacheco, de 30 anos, faz parte desta estatística. Em entrevistas a jornais e revistas, Fani já assumiu ter depressão desde os 22 anos e garantiu que ficar sem medicamento a faz se sentir desmotivada e sem vontade de fazer nada.
Segundo Geraldo, a depressão não é tristeza, mas pode vir acompanhada deste sentimento, assim como melancolia, desânimo, falta de interesse por qualquer atividade, alterações do sono e do apetite, pensamentos negativos, desesperança e desamparo.
— A depressão tira as forças da pessoa, mas com o tratamento adequado este quadro pode ser revertido.


Entre 12 e 55 anos a depressão é mais comum no sexo feminino, afetando quatro mulheres para cada homem
FONTE: http://noticias.r7.com/saude/paciente-com-depressao-tem-medo-de-ser-tachado-de-louco-diz-especialista-18062013

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