segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cafeína também é droga e causa danos à saúde

Cafeína também é droga e causa danos à saúde

Basta uma xícara de café para a dor de cabeça desaparecer. O tratamento baseado na mesma substância causou o problema como se um médico gerasse a doença e em seguida oferecesse para curá-la. Não teríamos muita simpatia para com esse profissional, tão logo descobríssemos os seus métodos. Mas é exatamente assim que atua a cafeína e muitas outras substâncias psicoativas como a cocaína, álcool, nicotina e alguns medicamentos. Prometem alívio para o problema que eles mesmos causam.

O café não oferece tanta dificuldade para interromper o uso, como acontece com a cocaína. É exatamente por esse motivo que ele não é classificado pela Associação Americana de Psiquiatria como estimulante causador de dependência. Em parte, essa é a origem do problema em relação à saúde pública. Não sendo vista como grande vilão, tolera-se o seu uso.


UMA DROGA CHAMADA CAFEÍNA

Tecnicamente, a cafeína é chamada de trimetilxantina. Trata-se de um derivado da xantina correlato ao ácido úrico formado no organismo e um tóxico a ser excretado pelos rins. É encontrado no café, no chá verde, no chá preto, no chá mate, em bebidas à base de cola e em menores quantidades no chocolate.


Apesar da defesa de alguns setores, multiplicam-se as evidências dos prejuízos que a cafeína causa para a saúde. As principais são a sensação de fraqueza ao longo do dia e a alteração do humor, levando à depressão. Esses e outros problemas podem ser desencadeados pelo uso de 250mg de cafeína por dia. Sem perceberem, muitas pessoas chegam a ingerir 300 a 900 mg por dia.


Ao olharmos para esses problemas, vemos que são usualmente atribuídos ao estresse e dificilmente ao uso do café. Mas é exatamente isso que a cafeína produz no organismo: estresse, ou melhor, distresse. Quando entra em contato com o organismo, a cafeína provoca um aumento da produção de hormônios do estresse pela glândula supra-renal. Entre eles, destacam se a adrenalina e a noradrenalina, bem como os hormônios glicocorticóides, que suprimem as reações imunológicas.

Muitos profissionais da saúde sequer admitem que o café e a cafeína possam ter algum efeito nocivo. Pelo contrário, acham que têm efeitos terapêuticos. A cafeína nas mãos de um médico pode ser um poderoso remédio. Mas estamos falando de cafeína usada como se fosse alimento.

Com a suspensão do uso de cafeína, os efeitos no corpo se prolongarão pelo menos durante três semanas, enquanto as glândulas supra-renais conseguem se recuperar das exigências impostas pela substância. Após esse período, o organismo experimenta uma diminuição da fadiga crônica, ansiedade ou estado depressivo, melhora da capacidade mental e provavelmente um sono mais tranqüilo.

Retirado do site: http://www.ilustrado.com.br/index.php

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

Eles vivem a mil por hora
Ter dificuldades de concentração ou viver no “mundo da lua” podem ser indícios da presença do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. Os sintomas surgem ainda na infância e perduram pela vida adulta
Redação Comunidade VIP

DivulgaçãoA hiperatividade não surge em todos os portadores de TDAH; o diagnóstico do distúrbio, portanto, deve ser cuidadoso e feito somente por especialistas
Cerca de 60% a 80% das pessoas portadoras do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) são diagnosticadas na infância. Em alguns casos, crianças que sofrem de hiperatividade e problemas escolares têm pelo menos um dos pais sofrendo do distúrbio. Sem estar atrelado a fatores culturais ou resultados de conflitos psicológicos, o transtorno decorre de pequenas alterações na região frontal do cérebro, responsável pela inibição do comportamento e controle da concentração. O TDAH pode causar impactos significativos em todos setores na vida da pessoa. Quando não há a presença de hiperatividade, o distúrbio é caracterizado como TDAH com predomínio da desatenção.

Segundo o presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), Antônio Geraldo da Silva, a busca de um profissional adequado para o diagnóstico é fundamental. “Alguns transtornos psiquiátricos, como a depressão, o transtorno bipolar e os quadros de ansiedade, com frequência se confundem com o TDAH”, observa.

A desatenção é um dos sintomas mais frequentes em quem é portador desse transtorno, caracterizada por episódios constantes de distração e não-finalização das tarefas já iniciadas. A impulsividade, por sua vez, faz com que o indivíduo se precipite em determinadas ocasiões de forma impensada.


Mudança de vida
Segundo a gerente administrativa K. S. F., de 28 anos, ao descobrir que era portadora do transtorno aos 25 anos de idade, chegou a não acreditar no diagnóstico. “Porém, ao pesquisar sobre o assunto, identifiquei em minhas atitudes traços marcantes de portadores da doença, então, percebi que o melhor caminho, sem dúvida, era o tratamento”, conta. Segundo ela, o TDAH prejudicou-lhe em vários momentos da vida, fosse ele acadêmico, profissional ou amoroso. Além disso, sempre tinha dificuldade de aprendizado, justamente pelo transtorno afetar a concentração no conteúdo apresentado.

Contudo, dois anos após ter começado seu tratamento, que inclui medicamentos, ela se considera uma outra pessoa. “Fiz uma faculdade e uma pós-graduação, mas, em grande parte das aulas, minha mente vagava por outros conteúdos, menos no assunto dado em sala”, lembra. Já na segunda pós-graduação, graças aos resultados do tratamento, ela obteve melhor desempenho.

Maneiras para diagnosticar e tratar o transtorno de forma eficaz

O psiquiatra Antônio Geraldo da Silva afirma que o diagnóstico de TDAH é essencialmente clínico, com coletas da história da pessoa. Ricardo Teixeira concorda com a opinião do médico, acrescentando que é preciso ter bom senso clínico para a avaliação do transtorno. Segundo ele, exames e testes neuropsicológicos podem ser aplicados no paciente para ajudar na melhor identificação do TDAH, porém não são procedimentos obrigatórios. “O diagnóstico mais sensato é a conversa”, constata o neurologista.



Tratamento
O portador do TDAH pode ter sua vida melhorada substancialmente com o tratamento correto, normalmente realizado com o uso contínuo de medicamentos psicoestimulantes. Os antidepressivos também podem ser usados, mas apenas na presença de algum quadro de depressão devido ao TDAH. A psicoterapia e aplicação de técnicas psicopedagógicas, por sua vez, são outros instrumentos importantes, que auxiliam na minimização dos sintomas.

Colaborou a estagiária Graciete Brito

Indícios do TDAH

• Desatenção, hiperatividade e impulsividade
• Dificuldades de relacionamento
• Dificuldades para se expressar com clareza ou esperar sua vez de falar
• Mudanças constantes de emprego ao longo da vida
• Falta de capacidade para manter a atenção por um período longo
• Desorganização
• Rendimento abaixo de suas reais capacidades no trabalho e na profissão
• Perda de coisas importantes
• Esquecimento de compromissos e tarefas
• Depressão e baixa auto-estima
• Não-finalização de tarefas já iniciadas
• Busca frequente por estímulos
• Intolerância ao tédio
• Problemas de concentração
• Frequentemente criativo, intuitivo e muito inteligente
• Sensação de insegurança
• Troca de humor constante
• Tendência ao comportamento compulsivo

Para ler a reportagem inteira é só procurar no Jornal da Comunidade.
http://comunidadevip.maiscomunidade.com/conteudo/2009-08-29/vivamelhor/1926/

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