quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sorteio perverso


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Fonte: Folha de S.Paulo

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Carlos Salgado e Antonio Geraldo da Silva: Sorteio Perverso

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ou leia  http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/107633-sorteio-perverso.shtml
"Classificar maconha como droga leve e até terapêutica é ingênuo, se não malicioso. Ela pode piorar os quadros psiquiátricos mais comuns"

 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Redução de danos para tratamento do crack causa polêmica

Redução de danos para tratamento do crack causa polêmica

Para tratar usuários de crack, um Centro de Referência em Saúde Mental de Minas Gerais optou pela troca da pedra, por drogas mais leves e lícitas, como álcool e tabaco. A iniciativa vem apresentando indicadores positivos, mas está longe de ser um consenso entre os que trabalham no tratamento de dependentes químicos. Natália Pereira entrevista o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, sobre a eficiência da medida.
 
 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Transtorno obsessivo-compulsivo é 'pop', mas faz da vida um inferno

Transtorno obsessivo-compulsivo é 'pop', mas faz da vida um inferno

A declaração recente de uma celebridade do esporte, uma peça em cartaz e novas pesquisas científicas trazem de volta à cena o lado mais pop do TOC, o transtorno obsessivo-compulsivo.
O famoso da vez a assumir publicamente que tem o transtorno é o ginasta Diego Hypólito, 26. No mundo das artes, peças como "Toc Toc", em cartaz em São Paulo, e personagens como Sheldon Cooper, da série "Big Band Theory", fazem que o nome e os sintomas da doença estejam na boca do povo.
A popularidade é impulsionada porque quase todas as pessoas se acham um pouco portadoras do transtorno. E quem não tem uma tia, um amigo ou um parceiro com alguma maniazinha excessiva de limpeza ou de arrumação?
"Pensamentos indesejados e rituais todo mundo tem. A pessoa pode até achar estranho, mas para por aí. A questão é como eles interferem no cotidiano e quanto sofrimento trazem", diz a psiquiatra Roseli Shavitt, coordenadora do Protoc (Projeto Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo), do Instituto de Psiquiatria da USP.
Diego Hypólito conta que tinha os sintomas desde o início da adolescência, mas só aos 18 anos se deu conta de que os rituais o atrapalhavam.
"Às vezes as pessoas nem notavam, mas desde a hora em que eu acordava era um monte de coisa que eu tinha de fazer. Começou a me incomodar", diz o atleta.
Ao perceber isso, Hypólito foi tratar o problema em terapia. Mas a maioria das pessoas demora mais para procurar ajuda.

Famosos Obsessivos-compulsivos

"Há um caso de paciente que demorou mais de 40 anos para procurar tratamento. E é comum as pessoas passarem dez anos sofrendo sem procurar ajuda", afirma a psiquiatra Christina Hajaj Gonzales, do Centro de Assistência, Ensino e Pesquisa do Espectro Obsessivo-Compulsivo da Unifesp.
E isso mesmo com toda a exposição dos sintomas da doenças no cinema e na TV.

"O transtorno pode ter caído nas graças da indústria de entretenimento, ficou mais fácil as pessoas aceitarem. Aí vira pop, fica até chique dizer 'eu tenho TOC'. Isso pode ajudar a diminuir o preconceito, mas não dá para banalizar, achar que não é sério", diz Antonio Geraldo da Silva, presidente da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

Visto nas telas e nos palcos, dá até para rir do problema --os próprios pacientes consideram muitos de seus hábitos ridículos ou bizarros--, mas na vida real não é tão engraçado assim.
Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Unesp mostrou que 33% das pessoas com TOC já pensaram em suicídio e 11% já tinham tentado se matar de fato.
"As pessoas não levam a sério porque não imaginam o grau de incapacitação e a dor que a doença pode causar", diz a psiquiatra Albina Rodrigues Torres, da Unesp.

Saiba identificar o TOC; o que os estudos sobre o transtorno revelam

Uma rede de pesquisadores e instituições de vários Estados do Brasil permitiu ao país montar a maior base de dados existente sobre pacientes com TOC.
Completando dez anos de atividade, o C-TOC (Consórcio Brasileiro de Pesquisa em Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo) chegou a conclusões importantes sobre as características e as formas de tratar o problema.
"Temos evidências de que tanto a terapia cognitivo-comportamental quanto os medicamentos, usados de forma independente, são igualmente eficazes para os casos leves e moderados", diz a psiquiatra Roseli Shavitt, do Instituto de Psiquiatria da USP.
Em casos mais graves, é preciso combinar a psicoterapia com uma classe de antidepressivos, os inibidores de recaptura de serotonina.
"Os medicamentos não mudam o comportamento diretamente, mas diminuem a ansiedade e o desconforto causados pelos medos. Já a terapia incentiva o paciente a enfrentar a situação ou pensamento amedrontador sem recorrer aos rituais", diz a psiquiatra Albina Rodrigues Torres, da Unesp.
Estudos também mostram que 5% dos pacientes têm melhora completa e espontânea sem tratamento e 20% alternam períodos sem aparecimento de sintomas com fases agudas da doença.
O que os pesquisadores ainda não sabem precisar são as causas do transtorno.
"Cerca de 60% dos casos têm origem genética, mas ainda não descobrimos quais são os genes envolvidos", diz a psiquiatra Christina Hajaj Gonzales, da Unifesp.
Isso não significa que a transmissão seja sempre direta, embora a hereditariedade também conte: filhos de pais com TOC têm 10% mais risco de ter o transtorno, segundo Shavitt.
Para os médicos, o transtorno é causado pela interação de fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais.
Em pessoas com predisposição, algumas situações podem desregular o funcionamento de circuitos que conectam duas áreas cerebrais: a região ligada a processamentos de emoções, planejamento e controle das respostas de medo e a área relacionada a informações emocionais, cognitivas e motoras.
As pesquisas no Brasil e no mundo mostram que o TOC atinge entre 3% e 4% da população em geral, mas a proporção cresce em alguns grupos. Um estudo recente, da Northwestern University, em Chicago, diz que 11% das mulheres que acabaram de dar à luz desenvolvem o transtorno. É uma taxa tão alta quanto a da depressão pós-parto, que atinge 10% das mães.
O estudo incluiu 461 mulheres que tiveram filhos no hospital da universidade.
"O parto pode ser um estímulo emocional forte o suficiente para desencadear os sintomas. Além disso, é um período de mudanças hormonais que, em teoria, também podem estar relacionadas ao surgimento do problema", diz Shavitt.

O ginasta Diego Hypólito conta como criava rituais para 'aliviar' o estresse

"Eu deixava de fazer muitas coisas por causa de meus pensamentos negativos. Pisar em linha era a pior.
Eu andava na rua e pensava: 'se pisar nessa linha, vai acontecer alguma coisa errada'. Eu tentava afastar o pensamento ruim, mas era mais forte que minha vontade. Eu me jogava na calçada, passava vergonha, mas não pisava.
Eu criava regras na minha cabeça, a maioria ligada a competições. Achava que os rituais aliviavam o estresse. Por muitos anos usei sempre a mesma roupa quando ia competir. E precisava raspar o cabelo. Os patrocinadores pediam para eu não raspar, mas não dava.
Tive também manias passageiras. Uma delas era piscar e usar as duas mãos para cumprimentar um adversário. Outra era pegar um objeto primeiro com a mão direita, colocar de novo no lugar, e daí pegar com a esquerda. Tinha que ser dos dois lados.
Eu também tenho de bater três vezes no dente quando penso que vai acontecer algo de ruim com alguém da minha família. Hoje faço isso só de vez em quando, mas antes era um ritual: repetia as três batidas por três vezes e, se os dedos encostassem na gengiva, fazia tudo de novo.
Há pouco tempo, peguei o tique de ficar piscando antes da competição. Achava que era uma proteção para mim, mas atrapalhava. Trabalho minhas manias na terapia, já me livrei de 95% delas."
Diego Hypólito, 26, ginasta

'Cheguei a ficar oito horas no banho', diz a atriz Luciana Vendramini

"Eu me lembro perfeitamente do dia em que começou o meu TOC. Eu tinha 24 anos, estava andando de bicicleta na lagoa [Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro] e não consegui parar: precisava dar mais e mais voltas. Pedi ajuda, consegui parar, mas fiquei superangustiada.
Eu tinha o que chamam de pensamentos intrusivos sincronizados: precisava imaginar algo bom junto com uma ação --enquanto lavava as mãos, devia pensar em coisa bacana. Daí vinha um pensamento ruim e eu tinha que lavar a mão de novo.
Nessas, cheguei a ficar 24 horas repetindo manias. Eram quatro movimentos: acordar, tomar banho, almoçar e dormir. Só no banho levava umas oito horas. Era um negócio que me engolia.
Você fica fazendo essas palhaçadas, que são as manias, não consegue parar, mas sabe que são ridículas. É uma viagem lúcida.
Fiquei três anos exilada: celibato, clausura, era praticamente uma carmelita. Só convivia com meus pais, minha irmã e quatro amigos, que me ajudaram nessa época.
Levei uns dois anos até ter o diagnóstico e começar a me tratar e mais um ano para ficar bem. Só é engraçado quando passa. Mas, também, depois de tudo isso você fica uma pessoa menos chata, para de reclamar da vida."
Luciana Vendramini, 40, atriz e produtora

Empresário com TOC passava desinfetante nos pés e nas mãos

"Meu caso envolve mania de limpeza. Era um circuito de pensamento ligado a nojo de prostituta. Estou abrindo o jogo, porque acho que muita gente sofre com isso.
Quando eu era mais novo, vi um vídeo sem querer. Devia ter uns 12 anos. Depois de ver o filme, não podia entrar em contato com nada que estivesse ligado a locais onde havia prostituição.
Um dia, meu pai chegou de táxi com um boné de presente para mim. Daí eu associei: prostituta anda de táxi, então não posso abraçar meu pai nem aceitar o boné. Fiquei com raiva de não poder receber o agrado de meu pai por causa desse pensamento.
Também não podia pegar em dinheiro, passar em certas regiões da cidade. Um dia, de carona com amigo, passei num desses lugares. Em casa, lavei o rosto 20 vezes.
Se estava saindo banho e o pensamento de algum lugar vinha a minha cabeça, tinha que voltar e lavar a cabeça de novo. Ficava dez vezes nessa. Se chegava da rua, antes de entrar no quarto espirrava Lysoform [desinfetante concentrado] no pé. Tinha que espirrar quatro vezes em cada sola e repetir dez vezes. A pele ficava toda comida.
O bom é que tive ótimos amigos. Se a gente ia fazer sessão de videogame, todo mundo lavava a mão antes de jogar. A galera não entendia bem o que estava acontecendo, mas colaborava.
Um dia decidi que não dava mais para viver assim. Então segurei dinheiro na mão, fiquei deitado no chão sujo, como se tivesse me curado. Durou uns dois dias e tive uma recaída. Fui me tratar. Tomei remédio, fiz terapia. Não tomo remédio desde 2000 e não tive mais nada."
João Paulo Marin, 28, empresário

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/04/1266817-transtorno-obsessivo-compulsivo-e-pop-mas-faz-da-vida-um-inferno.shtml



Luciana Vendramini



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Transtorno bipolar afeta de 3 a 8% da população brasileira

Transtorno bipolar afeta de 3 a 8% da população brasileira
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) promove campanha pública sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado do transtorno bipolar, uma doença que afeta de 3% a 8% da população, segundo diferentes estudos.  A campanha faz parte de um programa de educação continuada da ABP contra o estigma e preconceito em relação a pacientes com transtornos mentais.  A campanha inclui a distribuição de material educativo sobre a doença para pacientes e familiares e programa de educação médica continuada. A campanha apoio da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, da ABRATA (Associação Brasileira de Amigos e Parentes de Pacientes de Transtorno Bipolar) e  da Abbott. 


Transtorno bipolar é uma doença que há alternância de fases de hiperexcitabilidade e agitação com fases de profunda tristeza e depressão. É crônica que, como o diabetes e hipertensão arterial, pode também ser tratada e controlada.  Manifesta-se inicialmente na adolescência (60% dos casos antes dos 20 anos de idade), mas pode ocorrer em qualquer idade. É um dos três distúrbios mentais mais comuns (as outras são esquizofrenia e depressão) e é a sexta principal causa de falta ao trabalho.

Dos cerca de 25% que tentam o suicídio, 4%  se suicidam de fato. Entre os pacientes tratados, o índice de tentativas cai para cerca de 10%.

“Temos que identificar e tratar pessoas com transtorno bipolar, para que tenham uma vida normal e produtiva. Isto significa não apenas tratar o paciente adequadamente, mas também combater o estigma e preconceito contra as pessoas portadoras de transtornos que afetam a mente, e reintegrá-los à sociedade”, afirma Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Os principais sinais e sintomas do transtorno bipolar são:
•            Sentimento de êxtase, júbilo
•            Irritação e agitação
•            Pensamento e fala rápida
•            Distrair-se facilmente
•            Desejo de envolver-se em vários projetos ao mesmo tempo
•            Insônia ou pouca necessidade de sono
•            Comportamento impulsivo e de risco, como sexo por impulso e sem proteção
•            Julgamento prejudicado
•            Agressividade e hostilidade

A maioria dos pacientes também alterna episódios de agitação e euforia com períodos (por vários dias ou mesmo semanas) de profunda tristeza, desânimo, sensação de vazio, perda de interesse em atividades, ou assuntos, que normalmente provocariam prazer; sensação prolongada de cansaço, mudanças nos hábitos alimentares e de padrão de sono, e pensamentos suicidas e de morte.

A ABP conta também com o apoio das sociedades regionais de psiquiatria e irá distribuir material educativo em hospitais e centros médicos, tanto para profissionais de saúde, quanto para pacientes e seus familiares.

A Associação Brasileira de Psiquiatria é uma organização sem fins lucrativos, que representa os psiquiatras brasileiros.  A cada ano, a ABP organiza o Congresso Brasileiro de Psiquiatria – o maior evento brasileiro e da América Latina (e o terceiro maior do mundo) da especialidade.  Para mais informações, acesse www.abp.org.br
Fonte: http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?id=24919&op=saude

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