quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Congresso discute formas de enfrentar o transtorno

Congresso discute formas de enfrentar o transtorno


Utilidade Pública
Fonte: http://www.jornaloreporter.com.br/post/714/utilidade-publica/congresso-discute-formas-de-enfrentar-o-transtorno

O Senado aprovou ano passado projeto de lei (PLS 7.081/10) do ex-senador Gerson Camata que institui na educação básica o programa de diagnóstico e tratamento do TDAH e da dislexia. Psiquiatras em geral apoiam a ideia, mas o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) apresentou voto em separado na Comissão de Educação e Cultura da Câmara alertando, com apoio de 45 entidades, para a “medicalização da educação e da sociedade”. O projeto ainda precisa passar em outras duas comissões da Câmara. Martinha, do MEC, acrescenta que o programa Saúde na Escola já desenvolve ação compartilhada entre MEC e Ministério da Saúde.

Há também projeto de lei da Câmara (PLC 118/11), tramitando no Senado, propondo tornar obrigatório exame anual de aptidão física e mental para condutores com déficit de atenção. O texto original falava especificamente em motociclistas com TDAH. A ideia é vista com ressalvas por Paulo Mattos.
— Por que então não exigir avaliação em neurocirurgião, piloto de avião, jornalista ou qualquer outra atividade que exija atenção?

Além disso, a Câmara aprovou o Requerimento de Indicação 1.154/11, do deputado Dr. Aluízio (PV-RJ), que sugere ao ministro da Saúde a criação do Programa Nacional do TDAH. Segundo Surjus, do ministério, o requerimento ainda não chegou porque segue antes para a Casa Civil, que decide se vai encaminhar ou não:
— De qualquer forma, a Política Nacional de Saúde Mental já contempla isso.

O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo, discorda.
— O governo não tem programa específico para TDAH. Tira o problema da saúde para encará-lo como apenas social.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Déficit de atenção atinge 10 milhões de brasileiros

Especial Cidadania


Edição de terça-feira 07 de fevereiro de 2012

Déficit de atenção atinge 10 milhões de brasileiros

Transtorno conjugado com hiperatividade é mais percebido em crianças que em adultos. Elas têm dificuldade de ser concentrar na escola e mantêm constante atitude desafiadora

Uma turma com 20 crianças tem pelo menos uma com TDAH, segundo índices constatados pela Organização Mundial da Saúde e confirmados por pesquisas no Brasil, apontando a doença em cerca de 5% da população

Marcio Maturana

O filho de Jacineide Pereira de Souza aumentava as preocupações da mãe neste período de volta às aulas. Ela mesma conta que, desatento e "respondão", ele nunca fazia o dever de casa e saía de sala a toda hora. Como 10 milhões de brasileiros, o menino tem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Repetiu a 5ª série duas vezes, abandonava cursos, não concluía tarefas, não sossegava. Até que Jacineide descobriu que se trata de doença que também atinge seu pai, sua irmã e dois de seus sobrinhos. A herança genética é o principal fator determinante para o TDAH, que não tem cura, mas tem tratamento.

— Hoje é mais fácil identificar esse transtorno, principalmente em meninos. Antes, adultos sofriam acidentes de trânsito frequentes e não sabiam a razão. O diagnóstico muda completamente a vida da pessoa — afirma o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antonio Geraldo da Silva.
Há três tipos principais de TDAH: com predomínio da desatenção, com predomínio da hiperatividade-impulsividade, e o combinado. A dificuldade em manter a atenção é encontrada nos três casos.

O problema acontece devido a falhas nos neurotransmissores da região frontal do cérebro, e o diagnóstico é feito em entrevista com o médico. Exames são apenas complementares, como explica o psiquiatra Paulo Mattos, autor do livro No Mundo da Lua, sobre déficit de atenção:

— Existem doenças que você tem ou não tem, e isso um exame detecta. É o caso de Aids, câncer ou hepatite. Mas há doenças que você tem quando passa de um certo grau, como diabetes. Por isso, todos apresentamos um ou outro sintoma de TDAH. Eu ficaria preocupado se encontrasse alguém que não tem nenhum sintoma.

Acidentes e perdas

Em adultos, o transtorno parece mais brando porque a pessoa cria mecanismos de defesa, segundo o professor Moacir Alfran, que atende o filho de Jacineide e outros 15 estudantes no Centro de Ensino Fundamental do Bosque, em São Sebastião (DF).

— Por volta dos 18 anos, o portador de TDAH já desenvolveu alguns truques, como conversar escrevendo, mas antigamente até se pensava que essa doença acabava na adolescência — diz Moacir.

A publicitária Ana Clara Rocha, 31 anos, confirma o que Moacir fala sobre truques. Ela conta que só recentemente leu um livro com dicas sobre como conviver com o TDAH, pois recebeu o diagnóstico há apenas dois anos. Mas os truques não resolvem tudo.

— Em 2011 bati o carro seis vezes e perdi quatro celulares. Como a família já me conhece, fico mais desconfortável em novos ambientes, onde logo passo a chamar atenção pelo excesso de movimentos ou por fazer muito barulho. Mas o pior é no trabalho, onde as pessoas têm que falar comigo umas três vezes até eu assimilar. Minha chefe anterior, brincando, deixava um tubo de cola na cadeira como se fosse para me grudar e eu ficar quieta por um tempo.

Ana Clara revela que já passou por crises de síndrome do pânico e de transtorno bipolar. São duas comorbidades, distúrbios associados que são desenvolvidos pela maioria das pessoas que têm TDAH. Muitas vezes elas dificultam o diagnóstico e geralmente exigem medicação própria. Podem ser até mais graves que a doença básica.

TOC e dislexia

Durante a vida de quem tem TDAH, pode haver desaparecimento de algumas comorbidades e surgimento de outras, mas as mais comuns são os transtornos de conduta, de ansiedade, opositivo-desafiador, depressivo e de humor bipolar. Com menos frequência, há também os transtornos obsessivo-compulsivo (TOC), de aprendizagem (dislexia, disfonia, discalculia, disgrafia etc), de tiques, de ciclo do sono e de uso de substâncias químicas. Esse último, aliado ao transtorno de conduta, é um grave risco para adolescentes.

— Sem acompanhamento e longe da escola, quem tem TDAH vira presa fácil das drogas, pois elas mexem com os neurotransmissores. E o traficante adora porque vê a possibilidade de aliciar um cúmplice ativo e sagaz — alerta o professor Moacir.

Por isso, a família, logo que conhece o diagnóstico e inicia o tratamento, deve se informar o máximo para saber a melhor forma de agir, como recomenda Iane Kestelman, presidente da Associação Brasileira do Déficit de Atenção. Ela tem um filho com TDAH e conta que praticamente toda a equipe da associação é composta por portadores da doença, parentes ou médicos e psicólogos voluntários.

O que Iane indica tem dado certo com o filho de Jacineide. Hoje, sob tratamento, ele tem conseguido ótimos resultados na oitava série e conquista medalhas de judô.

Professor Moacir ouve a história de Jacineide, junto com um sobrinho que tem TDAH

FONTE: Jornal do Senado

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os psiquiatras e o combate ao crack

Fonte: Diário do Povo

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Encontro voltado para profissionais da saúde discute o tratamento farmacológico do tabagismo

Encontro voltado para profissionais da saúde discute o tratamento farmacológico do tabagismo
Postado por Elizabeth Misciasci em 02/02/2012 09:50:00


Evento aborda tratamento e uso de medicamento no combate ao tabagismo

Encontro voltado para profissionais da saúde discute o tratamento farmacológico do tabagismo

A Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) participa no dia 10 de fevereiro, a partir das 8h30, no auditório do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, do evento “Tratamento farmacológico do tabagismo: quando, o que e para quem?”. O encontro tem como objetivo debater as diferentes abordagens para o tratamento do tabagismo e sua farmacologia para diminuir as chances de recaídas dos pacientes.

O evento é resultado de uma parceria entre Abead e as Associações Brasileira de Psiquiatria (ABP) e Psiquiátrica do Rio Janeiro (Aperj), além do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. O debate conta ainda com o apoio das Sociedades Brasileiras de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), de Cardiologia (SBC), Pediatria (SBP) e de Oncologia Clínica (SBOC).

Evento: Tratamento farmacológico do tabagismo: quando, o que e para quem?
Local: Auditório do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro
Data: Dia 10 de fevereiro às 8h30
Confira a programação

8h30 – 9h
Abertura do evento

Antonio Geraldo da Silva (Associação Brasileira de Psiquiatria)
Joaquim Mello (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Ricardo Meirelles (Instituto Nacional de Câncer)
Fátima Vasconcelos (Associação Psiquiátrica do Rio de Janeiro)
Analice Gigliotti (Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro)
Alberto Araujo (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia)
Representantes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, e Sociedade Brasileira de Pediatria
9h00 – 9h15
O que dizem as metanálises?
Alberto Araujo (UFRJ)
9h15 – 9h30
Quando e como devo utilizar terapias de reposição de nicotina?
Analice Gigliotti (SCMRJ)

9h30 – 9h45
Quando e como devo utilizar bupropiona?
Tadeu Lemos (UFSC)

9h45 – 10h
Quando e como devo utilizar vareniclina?
Carlos Alberto Viegas (UFB)
10h – 10h15
Quando e como devo utilizar medicações de 2ª linha?
Carlos Alberto de Barros Franco (Academia Nacional de Medicina)

10h15 – 10h45 Discussão

10h45 – 11h Intervalo

11h – 11h15
Por quanto tempo devo tratar? Evidências da eficácia do pré-tratamento e do tratamento estendido
Ricardo Meirelles (INCA)

11h15 – 11h30
Terapia combinada- é mais eficaz?
Verena Castellani (USP)

11h30 – 11h45
Outras terapias biológicas
Cristina Cantarino (INCA)

11h45 – 12h
Tratamento farmacológico em doença isquêmica coronariana
Marcio Souza (SBC)

12h00 – 13h Discussão/encerramento

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