sexta-feira, 2 de setembro de 2011

X JBP atinge seus objetivos científicos e de público.

X JBP atinge seus objetivos científicos e de público.


Os psiquiatras brasileiros estão preocupados com o avanço do crack e outras drogas no país. O sentimento foi manifestado durante a X Jornada Brasiliense de Psiquiatria que aconteceu em Brasília no período de 26 e 27 de agosto último, com a relevante presença de médicos, psicólogos, residentes e estudantes de medicina.

Na palestra sobre Dependência Química, ministrada pelos psiquiatras Analice Giglioti (RJ), Luiz Carlos Illafont Coronel (RS) e Carlos Salgado (RS), eles falaram sobre a eficácia da internação involuntária. “A internação não precisa ser voluntária para ser eficaz”, explicou Analice Giglioti desmistificando o fato de que se o doente não quiser ser internado, o tratamento não tem o resultado esperado. Luiz Carlos Coronel lembrou um caso de sucesso obtido com o tratamento apenas da família. “Se a família for orientada, a ajuda terapêutica será ampliada”, disse, lembrando ainda que é preciso ter paciência e persistência para o tratamento do doente.

Este ano, a X Jornada Brasiliense de Psiquiatria abordou como tema principal “As dúvidas de consultório”. E quem nunca no consultório não se deparou com o suicídio e a dificuldade de atendimento aos doentes mentais nas emergências dos hospitais? Temas que foram abordados pelos psiquiatras Carlos Eduardo Zacharias (SP), Humberto Coreia (MG), e Alexandrina Meleiro (RJ), sob a coordenação de Fátima Vasconcellos (RJ). Considerado também um problema de saúde pública, os médicos falaram sobre como identificar um comportamento suicida, uma vez que não há testes ou critérios preditivos absolutos que estabeleçam quem irá ou não cometer suicídio, explicou Alexandrina Meleiro. Ela lembrou ainda que 1,5 milhão de pessoas morrerão por suicídio até 2020 e que no Brasil a cada 40 segundos, uma pessoa
comete suicídio.

Outras dúvidas de consultório abordadas na X Jornada Brasiliense de Psiquiatria foram esquizofrenia tema da palestra dos psiquiatras Geder Grohs (SC), Itiro Shirakawa (SP) e José Reinaldo do Amaral (GO), e transtorno de humor bipolar, assunto dos médicos André Brasil (BA), Eduardo Pimentel (SC), Fábio Gomes de Matos e Souza (CE) e Irismar Reis de Oliveira (BA).

A depressão, outro problema de saúde que também preocupa os psiquiatras brasileiros, foi tema de palestra dos médicos, João Romildo Bueno (RJ) e Pedro Lima (RS).Os médicos lembraram que de acordo com a OMS, Organização Mundial de Saúde, a depressão, problema psiquiátrico erroneamente encarado como fraqueza e não doença, atinge pelo menos 500 milhões de pessoas no mundo, e que a doença avança em número de vítimas devendo ser a enfermidade de maior impacto social em 2020.

Fonte: APBr

Data: 21/06/2011

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