Política do país está equivocada
A psiquiatria deveria ser protagonista nos cursos de medicina. Esta foi uma das ideias defendidas por Antonio Geraldo da Silva, durante sua palestra "A visão da ABP sobre a Assistência em Saúde Mental", durante o 2º Congresso Brasileiro de Gestão e Políticas em Saúde Mental, realizado em 25 de maio, segundo dia do ClasSaúde 2011. Geraldo apresentou um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard, divulgado em 1996, revelando que cinco das dez maiores causas de afastamento do trabalho são doenças mentais. Em primeiro lugar, entre todos os motivos, foi a depressão.
Para o médico, a psiquiatria vem sendo negligenciada no país, em especial pelo poder público. "A assistência em saúde mental no Brasil, privada, é uma das melhores do mundo. No setor público, fazemos psiquiatria de terceiro mundo. Isso é um aburdo", disse. A falta de um verdadeiro planejamento para a área e o viés iedológico adotado nas políticas públicas, segundo Geraldo, são os responsáveis. "Em duas décadas, o país fechou mais de 90 mil leitos. Além disso, não existe uma rede assistencial para atender a complexidade da doença mental, tanto nos serviços de base quanto nos mais complexos. A Espera para marcar consulta com um psiquiatra no Distrito Federal, por exemplo, é de 300 dias", exemplificou.
Os números revelam a falta de investimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil investe cerca de 2% dos recursos totais da pasta da Saúde na área de saúde mental. "No Canadá, onde existe qualidade de vida, esse investimento é de 11%", revelou Antonio Geraldo. Segundo ele, o governo tirou recursos dos hospitais com a promessa de construir uma rede eficente, e direcionou sua atuação para uma reforma sanitária que não deu certo.
Fotos: Roger Soares
Fonte: Aline Moura, do Sindhosp
http://www.sindhosp.com.br/ws2011/conteudoExibe.asp?id=700&pagina=Sa%FAde%20Mental
A psiquiatria deveria ser protagonista nos cursos de medicina. Esta foi uma das ideias defendidas por Antonio Geraldo da Silva, durante sua palestra "A visão da ABP sobre a Assistência em Saúde Mental", durante o 2º Congresso Brasileiro de Gestão e Políticas em Saúde Mental, realizado em 25 de maio, segundo dia do ClasSaúde 2011. Geraldo apresentou um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard, divulgado em 1996, revelando que cinco das dez maiores causas de afastamento do trabalho são doenças mentais. Em primeiro lugar, entre todos os motivos, foi a depressão.
Para o médico, a psiquiatria vem sendo negligenciada no país, em especial pelo poder público. "A assistência em saúde mental no Brasil, privada, é uma das melhores do mundo. No setor público, fazemos psiquiatria de terceiro mundo. Isso é um aburdo", disse. A falta de um verdadeiro planejamento para a área e o viés iedológico adotado nas políticas públicas, segundo Geraldo, são os responsáveis. "Em duas décadas, o país fechou mais de 90 mil leitos. Além disso, não existe uma rede assistencial para atender a complexidade da doença mental, tanto nos serviços de base quanto nos mais complexos. A Espera para marcar consulta com um psiquiatra no Distrito Federal, por exemplo, é de 300 dias", exemplificou.
Os números revelam a falta de investimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil investe cerca de 2% dos recursos totais da pasta da Saúde na área de saúde mental. "No Canadá, onde existe qualidade de vida, esse investimento é de 11%", revelou Antonio Geraldo. Segundo ele, o governo tirou recursos dos hospitais com a promessa de construir uma rede eficente, e direcionou sua atuação para uma reforma sanitária que não deu certo.
Fotos: Roger Soares
Fonte: Aline Moura, do Sindhosp
http://www.sindhosp.com.br/ws2011/conteudoExibe.asp?id=700&pagina=Sa%FAde%20Mental
Postagens
0 comentários:
Postar um comentário