quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Epidemia de crack avança no país

Epidemia de crack avança no país


O Brasil vive uma epidemia de crack. A avaliação foi feita este mês pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Foi a primeira vez que um ministro de Estado admitiu o problema como epidemia.

Na mesma semana em que foi publicado o reconhecimento do ministro, um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios mostrou o tamanho do problema. Segundo a CNM, a droga está presente em mais de quatro mil cidades brasileiras. O estudo também revela que o crack já e droga mais consumida nas ruas do país e, no interior, o produto vem roubando o lugar da bebida alcoólica na preferência dos dependentes químicos.

Alheio às estimativas, o governo federal concentra o atendimento de dependentes químicos em apenas 268 Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas espalhados pelo país. E o mais alarmante é que somente três desses Centros – dois em São Paulo e um no Rio de Janeiro – atendem 24 horas por dia.

“Espera-se que, agora que o ministro finalmente reconheceu que vivemos uma epidemia de crack, sejam tomadas medidas mais eficazes para combater essa droga responsável pela desestruturação de famílias e pela degradação de seres humanos”, afirma Antônio Geraldo, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Números – Trabalhando com estimativas, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados acredita existir hoje, no Brasil, 1,2 milhões dependentes de crack. Sub ou superestimado, esse é um mercado que movimenta milhões de reais por ano – seja do ponto de vista do traficante, seja do ponto de vista do gestor público, que tem impactos progressivos no sistema de saúde, segurança e seguridade social – e que merece atenção.
Segundo Antônio Geraldo, uma das medidas que precisam ser levadas à cabo é o mapeamento dos usuários, com o perfil, a quantidade e a localização das vítimas do crack. A partir disso, o governo deve começar a pensar e a implementar políticas públicas sérias, que visem à recuperação e a reinserção desses indivíduos na sociedade. Entre essas políticas, o presidente da ABP cita a necessidade de reestruturação dos Centros de Atenção Psicossocial.
FONTE: http://abp.org.br/2011/medicos/archive/4189

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