quarta-feira, 1 de julho de 2015

Prevenção e tratamento precoce são ideais para melhorar a vida de quem tem doenças psiquiátricas

Prevenção e tratamento precoce são ideais para melhorar a vida de quem tem doenças psiquiátricas

Ciência e medicina caminham na busca de outras alternativas, mas os modelos tradicionais ainda são os mais comuns e eficazes.
Por Leopoldo Rosa
Ao longo desta série, conhecemos histórias de jovens que desde muito cedo vivem com doenças psiquiátricas. Esses mesmos personagens provaram que é possível superar os transtornos. Mas dificuldades de quem tem uma doença mental são inúmeras. Vão de aceitar a necessidade de ajuda profissional à encarar as pessoas. E é aí, no preconceito demonstrado pelos outros, que moram boa parte dos problemas, mesmo para quem já está em tratamento.
O Ministério da Saúde destaca o aumento no número de CAPS, os centros de atendimento psicossociais que tem mais de 2,2 mil unidades em todo o país, como um avanço no tratamento. Desde 2001, existe uma lei e uma política nacional de saúde mental que preveem menos internações e mais tratamentos alternativos. O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antonio Geraldo da Silva, diz que o serviço público ainda precisa incorporar uma cultura de prevenção para a saúde mental, como existe em outras áreas. 
No mundo todo existem estudos em curso para encontrar novas formas de tratamento para doenças mentais, alternativas à psicoterapia e aos remédios. Em São Paulo, pesquisadores da USP desenvolveram uma técnica que usa estimulações elétricas para o tratamento de transtornos como a depressão. O médico André Russowsky, responsável pela pesquisa, diz que o método é indolor e já apresentou resultados positivos:
Algo parecido é testado por cientistas da Faculdade de Medicina de Harvard nos Estados Unidos para o tratamento de TOC. Lá, os estudiosos usaram ratos como cobaias de uma técnica de estimulação por fibra ótica e conseguiram tanto incentivar quanto interromper os comportamentos repetitivos nos animais. A técnica ainda não foi empregada em humanos, mas indica que esse tipo de estímulo está no radar dos médicos como forte alternativa para melhorar a vida de quem tem transtornos mentais no futuro. No que diz respeito à prevenção, um estudo feito com jovens entre 15 e 16 anos, na universidade americana de Illinois, mostrou que quem faz algum tipo de trabalho voluntário tem menor chance de desenvolver depressão. 
Para quem tem transtornos mentais, um sorriso é mais que um mexer de músculos, é a retomada de sentido em algo que parecia perdido: a própria vida. E é nesses sorrisos que mora o recomeço.


Para Ouvir:



Leia mais: http://cbn.globoradio.globo.com/series/juventude-no-diva/2015/06/12/PREVENCAO-E-TRATAMENTO-PRECOCE-SAO-IDEAIS-PARA-MELHORAR-A-VIDA-DE-QUEM-TEM-DOENCAS-PSI.htm#ixzz3eUQv9cHD

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