terça-feira, 7 de abril de 2009

Pacientes com estresse enfrentam mais problemas sociais

Pacientes com estresse enfrentam mais problemas sociais

Retirado do Blog Saúde para Todos do Correio Braziliense

A do médico Antônio Geraldo, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília. Ele participou, em Lisboa (Portugal), do 17º Congresso Europeu de Psiquiatria e traz novidades sobre a área de saúde mental.
Transtorno do Estresse Pós traumático
Pessoas com esta doença têm mais dificuldades interpessoais, mais conflitos com a lei, usam mais drogas e mais recaídas
A afirmativa acima, foi apresentada por um grupo de brasileiros esta semana, em Lisboa, no Congresso da Associação dos Psiquiatras Europeus. Diversos estudos mostram que pacientes com transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) usam mais drogas, têm mais dificuldades interpessoais, problemas legais, recaídas ou pior prognóstico quando comparados àqueles sem TEPT.
Interessados no assunto, pesquisadores do Rio Grande do Sul, conduziram dois estudos para investigar o transtorno em homens que procuraram tratamento para dependência de álcool e outras drogas e as características demográficas deste grupo.
De acordo com os pôsteres apresentados, participaram do estudo 40 homens sob atendimento ambulatorial (sem internação) no Instituto de Prevenção e Pesquisa em Álcool e outras Dependências (IPPAD), em Porto Alegre (RS). Todos os participantes tinham entre 25 e 60 anos de idade e 12 apresentavam TEPT. Além disso, 41,7% eram casados e cerca de 67% tinham algum parente com histórico de abuso de álcool ou outra substância.
Segundo os dados coletados, 25% dos pacientes usavam múltiplas substâncias, e 16,7% utilizavam apenas álcool. As drogas mais utilizadas foram: álcool (91,7%), tabaco (75,0%), cocaína (58,3%) e maconha (58,3%). Não houve relatos de uso de ecstasy ou inalantes.
Os pesquisadores explicam que a inter-relação de doenças psiquiátricas são comuns neste tipo de paciente e que o TEPT é um transtorno de ansiedade altamente sintomático, cujo início em geral ocorre logo após um evento traumático. “Na prática clínica, os pacientes de dependência invariavelmente relatam episódios estressantes do ponto de vista psicológico, com uma freqüência de TETP variando de 30% a 60%”, ressaltam os pesquisadores.
Eles salientam que “é muito importante determinar as características psicossociais de pacientes buscando tratamento para definir se estas características refletem um grupo de risco para interrupção prematura da terapia.”

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