quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dúvidas sobre a depressão

Dúvidas sobre a depressão


O médico Antônio Geraldo fala hoje sobre a depressão, uma doença psiquiátrica que tem maior na faixa etária mais produtiva de uma pessoa (de 20 a 55 anos). De acordo com o Ministério da Previdência, o número de trabalhadores afastados por crises depressivas no país cresceu 16,57% entre janeiro e julho, em comparação com mesmo período de 2007.

A Depressão é (1) comum, (2) freqüentemente desconsiderada, (3) fácil de diagnosticar quando se procura por ela, (4) freqüentemente severa, (5) recorrente, (6) onerosa e (7) tratável. Estes fatos são “segredos” no sentido de que não são bem entendidos pelo público e por muitos médicos.
A depressão encontra-se entre os cinco transtornos mais comuns observados no consultório de um clínico geral. A depressão não-identificada e não-tratada teve reconhecimento como um importante problema de saúde pública nos Estados Unidos nos últimos 15 anos. As razões para tal negligência incluem estigma, desconhecimento em relação á gravidade e capacidade de tratamento e atenção preferencial do paciente e do médico a queixas somáticas.
O custo dos transtornos depressivos em termos de tratamento e faltas no trabalho e aproximam-se a US$ 16 bilhões anuais nos Estados Unidos. A depressão está associada à terapia com antidepressivos, psicoterapia ou ambos, quando tratada por profissionais qualificados. O custo do diagnóstico e do tratamento é pequeno em relação a outros transtornos médicos severos comuns, enquanto que o custo de não tratar um transtorno depressivo é alto.
Os diagnósticos do DSM-IV listados abaixo estão incluídos no termo transtornos depressivos:


Transtorno depressivo maior, episódio único

Transtorno depressivo maior, recorrente

Variação de humor

Transtorno depressivo sem outra especificação

Transtorno de ajustamento com humor deprimido

Transtorno do humor devido à condição médica geral

Transtorno do humor induzido por substância


Embora o transtorno depressivo maior, sobretudo quando recorrente, seja o mais severo destes subtipos de transtorno depressivo, o transtorno distímico ou a distimia podem ser mais comuns em cenários de atendimento primário: a distimia está também associada a uma morbidade significativa e merece tratamento.

Pessoas com depressão podem trabalhar normalmente?
A possibilidade de trabalhar varia de acordo com a pessoa, o subtipo de depressão, o tipo de trabalho e o tratamento. Acima vemos vários subtipos de depressão que também tem relação com o grau de gravidade da doença. Em relação à pessoa, vai depender da capacidade mesma de adaptação e de apresentar resultados no próprio trabalho.


O uso de antidepressivos não altera a rotina produtiva delas?
Todos os antidepressivos precisam de um tempo de latência desde o início do tratamento até a resposta plena, que é em média quatro semanas. A rotina produtiva estará intimamente relacionada ao aparecimento de efeitos colaterais ou não da medicação. Via de regra, quando bem tratada, a resposta é benigna e a presença do antidepressivo é benéfica e a pessoa tende a voltar à produção anterior. O uso de antidepressivo de forma racional só beneficia o paciente.


Não há perda de concentração ou confusão mental?
Os antidepressivos devem melhorar a memória, a concentração, o raciocínio, sendo que, alguns deles, provocam neurogênese, ajudam na neuroproteção. Portanto, se estiverem sendo usados de forma adequada, não afetará negativamente as funções cognitivas.


Como uma empresa e chefe imediato devem se comportar diante de um funcionário com depressão?
O chefe, familiares, amigos, professores etc., devem sempre ter uma postura pró-ativa, de ajuda, observando a pessoa e auxiliando nas ações que podem colaborar para um retorno breve as funções. O terrorismo no trabalho acaba sendo fator gerador de doenças, pois o ambiente hostil tira a capacidade de trabalhar com prazer. A regra no deprimido após ser tratado de forma adequada é a melhora plena.

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