segunda-feira, 13 de abril de 2009

Fobia

Retirado do Blog Saúde para todos do Correio Braziliense.

Como explicar o que é fobia?
Fobia é um medo excessivo e persistente em uma situação específica (ex., multidões) ou de objetos claramente identificáveis (ex., cobras) que está fora de proporção com o perigo inerente.
O medo não pode ser explicado ou afastado pela argumentação lógica. Os indivíduos fóbicos não têm nenhum controle voluntário do seu medo e evitam a situação ou objeto para controlá-lo. A ansiedade é experimentada quando os indivíduos fóbicos entram em contato ou imaginam o contato com a situação ou objeto.

Algumas situações ou objetos que provocam reações fóbicas:
1 - Animais ou insetos: cães, cobras, aranhas;
2 - Ambientais: água, altura, tempestades;
3- Sangue/ferimentos: ver sangue, coleta de sangue, procedimentos médicos;
4 - Situacionais: espaços fechados, aviões, pontes, túneis;
5 - Sociais: festas, falar em público, performances, entre outras.

Quando uma reação fóbica torna-se um problema psiquiátrico?
Medo e a fuga de uma situação ou objeto não significam que a pessoa apresenta um transtorno fóbico. Por exemplo, uma mulher de 65 anos que teme e evita cães ficará bem e experimentará pouca ansiedade se não tiver nenhum motivo para entrar em contato com cães. Quando seu neto de oito anos ganha um cão de presente, ela não mais consegue evitar cães com facilidade, e experimenta ansiedade sempre que visita o neto e seus relacionamentos na família são prejudicados. Agora ela tem uma fobia específica de cães, porque a esquiva, a antecipação ansiosa e a aflição interferem com relacionamentos importantes, enquanto que antes ela apenas tinha medo de cães.
O medo de voar se torna um transtorno fóbico, por exemplo, quando uma promoção de emprego força uma empresária a viajar de avião freqüentemente para outras cidades e causa uma ansiedade inexorável.
O medo de procedimentos médicos torna-se uma fobia quando uma infecção dentária requer tratamento agressivo e o indivíduo fóbico não consegue ir ao dentista porque está demasiado ansioso e assustado.
Um homem de 35 anos que se apavora ao falar em público e falar em grupos não pode ascender para o nível seguinte em sua ocupação porque está oprimido pela ansiedade e evita o escrutínio público a todo custo. Ele sofre de fobia social.
Comum a todas as situações nas quais medos tornam-se fobias (transtornos fóbicos) estão os elementos de disfunção (interpessoal ou ocupacional) e ansiedade e aflição significativa.

Quais são as características da fobia social?
As pessoas com fobia social tornam-se marcante e persistentemente temerosas de situações interativas ou de desempenho nas quais são expostas à observação de outras. Elas temem agir de modo embaraçoso ou humilhante e tornarem-se altamente ansiosas.
Situações de desempenho que são freqüentemente temidas incluem, falar em público, desempenho em público (ex., música ou teatro), comer e escrever em público (ex., assinar um cheque ou recibo de cartão de crédito).
Situações interativas que são amiúde temidas incluem falar ao telefone, falar com um estranho (ex., pedir informações), reuniões sociais, encontros, falar com balconistas de lojas e com figuras de autoridade (ex., um empregador ou policial). Os encontros com a situação temida disparam medo e ansiedade excessivos e irracionais que interferem no funcionamento e causam desconforto. As atividades sociais ou de trabalho são adversamente afetadas.
Um padrão de fuga ou isolamento com freqüência se desenvolve para reduzir a ansiedade. Muitas pessoas com fobia social evitam designações de emprego ou até mesmas ocupações (ex., ensino ou direito) para evitar episódios de ansiedade e embaraço. Algumas pessoas têm um medo específico, porém a maioria tem mais de uma fobia social. As pessoas com fobia social generalizada temem a maioria das situações sociais. O álcool é freqüentemente usado, às vezes em proporções altas, para reduzir a ansiedade em situações interativas. Parece haver um padrão familiar na fobia social.

Os indivíduos com fobia social ou específica as superam?
A maioria das pessoas com fobia social ou fobias específicas não recebe tratamento. Algumas obtêm "êxito" evitando situações fóbicas, mas sofrem o preço imposto pelas limitações. Algumas desafiam o estímulo fóbico e mediante a exposição superam a fobia.
Os resultados são bons para os pacientes tratados com Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) ou medicamentos. Cerca de 70% a 80% melhoram com tratamento.
Segundo estudos, pessoas que fizeram terapia superam o medo e ansiedade com maior freqüência do que as pessoas que foram tratadas apenas com medicação. Sem melhora, freqüentemente desenvolvem depressão. Alguns procuram tratamento apenas depois que a depressão se tornou um problema secundário associado.

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