terça-feira, 30 de junho de 2015

Juventude é o melhor momento para tratar transtorno mental

Juventude é o melhor momento para tratar transtorno mental

No mundo inteiro, mais de 700 milhões de pessoas sofrem com algum tipo desse mal. Já no Brasil, são 23 milhões.
Por Leopoldo Rosa
Depressão, transtorno obsessivo compulsivo, borderline, bulimia e síndrome do pânico. Muitas pessoas têm transtornos diferentes e histórias diferentes. Mas um ponto em comum: todas têm menos de 30 anos e já passaram algum tempo no consultório de um psiquiatra. Mas existem outros tantos que sofrem com transtornos da mente e ainda têm vergonha de procurar ajuda. Na saída da adolescência e início da vida adulta, são muitos os motivos que afastam as pessoas do tratamento. No entanto, o psiquiatra Luis Cuschnir diz que essa é a fase mais importante para começar a cuidar de problemas desse tipo. 'Jovens marcados com insucesso têm uma tendência a desenvolver no futuro erros de escolha.'
A brasiliense Aline Mariano tem síndrome do pânico e está em tratamento. Mas conviveu três anos com o transtorno sem contar para ninguém. Ela sentiu os primeiros sinais da doença aos 15 anos. Mas teve vergonha de pedir ajuda. 'Eu ia para o canto e não falava para ninguém.'
O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, diz que a expansão do acesso à informação sobre doenças mentais ajuda os jovens a procurarem os médicos. Mas no sistema público, por exemplo, ainda faltam iniciativas simples, como psicoterapia em consultórios, o que ajudaria a difundir o tratamento e a prevenção.
As causas de transtornos mentais são variadas, mas pesquisas já mostram que o meio em que a gente vive influencia muito nesse cenário. É atrás da tela do computador é que muitos desses jovens buscam ajuda. Protegidos pelo anonimato ou pela certeza de estarem conversando com gente que passa pela mesma coisa, eles procuram grupos em redes sociais para falar o que sentem. Nessas redes, há espaço para tudo: deprimidos em busca de quem ouça um desabafo e pessoas em pânico procurando a ajuda de quem já superou o mal. Camila Souza administra um grupo virtual para pessoas que tem bipolaridade e depressão. Depois de ser muito beneficiada pelas pessoas da rede, ela diz que agora consegue também dar apoio a quem precisa. 'O que mais ajuda é não ter alguém julgando.'



Juventude é o melhor momento para tratar um transtorno mental (Crédito: CBN)Juventude é o melhor momento para tratar um transtorno mental
(Crédito: CBN)

Para ouvir: 






Leia mais: http://cbn.globoradio.globo.com/series/juventude-no-diva/2015/06/08/JUVENTUDE-E-O-MELHOR-MOMENTO-PARA-TRATAR-TRANSTORNO-MENTAL.htm#ixzz3eUPdMUPR

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Como saber se seu ente querido está deprimido

Como saber se seu ente querido está deprimido
Segundo médicos, é importante não alimentar preconceitos sobre a depressão. Conscientização é o melhor caminho

A queda do avião da Germanwings nos alpes franceses, neste mês, não apenas comoveu o mundo, como também levantou discussão sobre a importância de saber identificar e tratar problemas psiquiátricos, como a depressão.

De acordo com as investigações do acidente, que matou as 150 pessoas, o copiloto Andreas Lubitz derrubou intencionalmente a aeronave, após ficar sozinho dentro da cabine de comando. Informações divulgadas apontam que ele sofria de depressão e transtorno de ansiedade e já havia recebido indicação médica de se afastar do trabalho.

Diante da dor de tantas perdas, fica a pergunta: uma tragédia como esta poderia ser evitada? A resposta mais direta é: sim. Na opinião do médico Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, casos em que é identificado o risco de suicídio (ou de atentado contra a saúde ou a vida de outras pessoas, por parte do doente) deveriam ser informados imediatamente ao governo, não apenas às empresas, para que medidas preventivas fossem tomadas.

Atualmente, não existe essa previsão. Para ele, a notificação compulsória da ameaça poderia permitir que os países agissem com mais atenção em relação às pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo os indivíduos com sofrimento mental em programas e tratamentos, antes que o pior acontecesse.

Segundo o também médico psiquiatra Luiz Carlos Aiex Alves, presidente do comitê multidisciplinar de psiquiatria forense da Associação Paulista de Medicina, as situações em que o risco à integridade física do paciente e de outras pessoas é comprovado são as únicas que dão abertura para um tratamento psiquiátrico contra a vontade do paciente.

Esses casos, porém, não representam a totalidade da população que sofre com a doença. Por isso, é importantíssimo não rotular ou estigmatizar o quadro.

Tragédias como a do avião da Germanwings podem, muitas vezes, dar a impressão de que pessoas com depressão ou transtorno de ansiedade (ou ambos) são perigosas ou capazes de cometer loucuras. Para Silva, essa ideia não passa de preconceito, já que nem todo paciente é um suicida em potencial.

Até que se chegue a um diagnóstico médico preciso, é necessário ficar atento aos sinais que a doença pode dar. “Um episódio depressivo pode ser classificado como leve, moderado ou grave. Esta classificação depende do número e do tipo de sintomas que a pessoa apresenta”, explica Alves.

Para o especialista, os casos leves e moderados podem até ser disfarçados nas relações sociais e de trabalho, ainda que com algum esforço do doente. No entanto, os quadros mais graves são, dificilmente, imperceptíveis. A identificação precoce desses sintomas pode ser valiosa para evitar o agravamento da doença.
Claro que o diagnóstico cabe apenas ao médico psiquiatra, mas a atenção e o apoio de pessoas próximas podem ser um bom começo para a identificação e o tratamento. Havendo suspeita, o melhor é encaminhar o possível paciente a um médico e tentar conscientizá-lo da importância do tratamento.

 

 

Confira a seguir alguns sinais que pessoas deprimidas podem demonstrar, de acordo com Alves.

Retraimento Social
Cansaço excessivo
Desinteresse por coisas nas quais sentia prazer antes
Segundo médicos, é importante não alimentar preconceitos sobre a depressão. Conscientização é o melhor caminho
© Thinkstock


Tristeza e desânimo
Baixa autoestima
Choro fácil
Pessimismo (além do normal)
Sentimentos de culpa injustificáveis
Problemas de sono
Redução do apetite

 

 

Dependendo do indivíduo, os sintomas também podem ser:

Irritação excessiva
Consumo de bebidas alcoólicas em excesso
Manifestação de preocupações hipocondríacas antes inexistentes
Queixas frequentes de dores provocadas por tensão muscular.

http://www.rondoniadinamica.com/arquivo/como-saber-se-seu-ente-querido-esta-deprimido-,90203.shtml

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