quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mal comum entre as mulheres

Mal comum entre mulheres
Viva!
No mundo moderno, com o avanço da medicina e da ciência, algumas doenças e problemas mentais ficam cada vez mais evidenciados. O medo, um dos sintomas apresentados por Adriana Damasceno, é um deles. 'As fobias são os males psiquiátricos mais comuns em mulheres', comenta o psiquiatra Rafael Boechat.
Os medos, segundo ele, pertencem a uma classe de problemas que, não são considerados tão graves, mas que contudo chegam a incapacitar o paciente. De acordo com o psiquiatra, as pessoas têm consciência da irracionalidade do medo, mas simplesmente não conseguem lutar contra ele.
Boechat não sabe precisar quantos medos foram catalogados pela medicina, mas eles sempre existiram: 'O pai da psicanálise, Sigmund Freud, há cem anos, já comentava casos de fobia'.
Segundo Antônio Geraldo, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília, as fobias fazem parte do grupo de doenças mentais conhecidos como transtornos de ansiedade. Dentre elas, existem as fobias simples, como medo de aranha, de avião, de altura e aquelas mais sérias e que, dependendo do grau, podem afetar muito a vida de quem convive com elas.
Dentre os medos que podem incapacitar, a fobia social é o mais comum. 'Este tipo de doença gera o afastamento social. As pessoas com este tipo de mal casam-se menos, suicidam-se mais, têm menores rendimentos financeiros e menor escolaridade', alerta Antônio Geraldo.
focoO psiquiatra explica que a fobia social é 'uma doença que se caracteriza pelo medo excessivo de ser foco de atenção de outras pessoas e, nessa circunstância, fazer algo ridículo ou humilhante'.
Um dos medos mais comuns de quem tem a fobia social é se apresentar em público, mas também é comum este paciente temer falar em público, conversar com autoridades, usar banheiro público, conversar com o sexo oposto e assinar documentos na frente dos outros, como cheque. Estes podem ser sintomas de quem tem a doença.
E este é um problema difícil de diagnosticar, principalmente em função do desconhecimento. Segundo o psiquiatra Antônio Geraldo, a doença chega a ser confundido com timidez: 'Algumas pessoas e familiares acham que o que a pessoa tem é normal, que é timidez e que aquilo vai acabar. Mas, não é bem assim. A fobia social não é um 'piti', é uma doença'.
A fobia social pode ser restrita ou generalizada. A restrita é aquela em que o indivíduo teme apenas uma ou outra situação. E ele acaba se adaptando ao problema e vivendo tranqüilamente. 'A generalizada é a mais grave, porque os pacientes podem apresentar prejuízos bastante significativos para a sua vida.' A medicina ainda não descobriu a origem do problema. A fobia social é causada por vários fatores como ambientais (a vida em família ou na sociedade), psicológicos ou de aprendizado.
De acordo com Antônio Geraldo, o tratamento da fobia social é feito com antidepressivos e psicoterapia-cognitiva. Ele alerta que o tratamento básico desse mal deve ser feito por um psiquiatra. 'Tem que ser psiquiatra para diagnosticar. Não dá para quebrar galho, não pode ser outro', garante.

Fonte: Jornal de Brasília e site da Secretaria de Estado de Saúde

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